sexta-feira, 17 de junho de 2011

Capitulo 11

Recordações
Não sabia para onde estávamos a ir mas também não perguntei, visto que, me senta tão bem ali, envolvida nos braços firmes e fortes dele.
À medida que o carro ia andando o terreno ia ficando cada vez mais acidentado, eu não olhava para a janela mas sentia a trepidação das rodas do jipe a passarem pelos grandes buracos que havia na estrada. Chegamos a um terreno que dava ideia de que nos estávamos a dirigir para um lugar tipo uma floresta ou um bosque, as rodas do jipe desprendiam-se arduamente do chão. O carro parou e ele largou-me leve e lentamente. Sai do jipe e só depois reparei que estávamos num sitio como nunca tinha estado, era um bosque com árvores sensivelmente altas e ali no meio havia uma casa de campo com um ar acolhedor. Já não estávamos em Lisboa, já não havia prédios e o ar era mais fácil de respirar.
O Michell sussurrou qualquer coisa ao motorista mas eu não percebi o que era. O homem entrou dentro do carro e foi-se embora.
Michell: Anda, vamos para lá para dentro que está a ficar frio. – passou o braço por traz das minhas costas, deu-me um pequeno empurrão, não com intenção de me magoar, mas para que andasse ao mesmo tempo que ele, e pousou a sua mão na minha cintura.
Lucy: Michell? Onde é que nós tamos? – a minha voz suou baixa e medrosa, não exactamente como eu queria.
Ele olhou-me e sorriu de uma forma tão doce que fez com que me sentisse, praticamente, em casa. Entramos na casa, era grande e tinha um ar antigo, não estragado nem sujo apenas antigo. A mobília era bonita e elaborada, era à base de castanhos, claros e escuros, que condiziam muito bem com o bege da parede. As divisões eram grandes e arejadas e havia dois quartos.
Michell: Vem comigo até ali à cozinha para prepararmos um sumo ou assim e eu conto-te tudo o que quiseres saber sobre este lugar e porque estamos aqui.
Fomos até à cozinha e preparamos um sumo de laranja quente e depois fomo-nos sentar no sofá da sala.
Lucy: Porque é que me trouxeste para aqui e o que é que estamos aqui a fazer? – Não consegui conter as palavras que se estavam a atropelar para me saírem da boca.
Michell: Eu vou-te explicar tudo mas tens que confiar em mim. Esta casa era onde os meus avós viviam, eu costumava vir para aqui nas férias de Verão mas à mais ou menos quatro anos os meus avós morreram num acidente de carro. Agora venho cá muito menos vezes mas, as vezes que venho, perece que os sinto ainda percebes? Bem mas continuando, trouxe-te para aqui porque aqui não temos os flashes dos paparazzis todos em cima de nós nem os jornalistas a impedirmo-nos de ter uma vida normal. Agora já entendes o “porquê” disto? – enquanto falava dos avós os seus olhos alagavam-se em lágrimas e só me apetecia dar-lhe um abraço tão forte que o fizesse esquecer toda aquela dor.
Lucy: Agora percebo e agradeço por isso tudo!
Michell: Bem, mas deixemo-nos de lamechices, vou levar-te a um sitio que vais adorar e como tá bue sol ainda é melhor! – levantou-se do sofá e puxou a minha mão para que me levantasse também. Ele saiu de casa a correr e eu segui-o. Chegamos a um lugar lindo, era uma grande cascata com água tão clara e cristalina como nunca tinha visto em toda a minha vida.

4 comentários:

  1. haha eu nem acredito q meti um sumo de laranja quente XD lol eu tinha escrito choclate quente e apaguei e escrevi sumo de laranja quente ;)

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  2. muito obrigada querida, mas sinceramente tens tanto talento quanto eu :)

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  3. flor estou seguindo vc, seu blog é tipo de histórias? se cuida seja bem vinda ao meu blog

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  4. Estou mesmo a adorar!!

    Continua, se quiseres visita o meu blog:

    http://amudanca-elisa.blogspot.com/

    Bjs

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